Foto: Renan Mattos (Diário)
Dia 21 de maio é a data cogitada por caminhoneiros para iniciar uma nova greve, que pode até começar antes se houver novos aumentos do óleo diesel. É que o pacote anunciado ontem pelo governo é mesmo insuficiente para atender as necessidades dos caminhoneiros.
Criar linha de crédito de R$ 30 mil para cada profissional poder comprar pneus e ou gastar com manutenção não é o que os caminhoneiros mais precisam e pouco adianta - entidades ouvidas por este colunista dizem que esse crédito é "esmola".
Outras medidas, como um cartão-combustível para dar crédito para compra de diesel, investimento de R$ 2 bilhões em melhorias em estradas e a construção futura de paradas para descanso não têm nem data para sair do papel, além de serem também medidas secundárias. Para completar, o anúncio de maior fiscalização da tabela do frete veio sem detalhes de como será realizada.
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Para os caminhoneiros, o principal mesmo é o preço do diesel, que Bolsonaro ensaiou intervir, barrando o reajuste na quinta, mas teve de voltar atrás, diante da grande repercussão na queda das ações em bolsa da Petrobras. Essa crise só não ocorreu em janeiro porque o subsídio de R$ 0,46 do governo Temer ao preço do diesel acabou quando a cotação do petróleo estava baixa, a 53 dólares, e o litro não subiu nas bombas. Agora que o petróleo passou dos 70 dólares e o diesel ficou mais caro, acabou a paciência dos caminhoneiros. O atual governo terá de rebolar para acalmar a categoria que promete parar o país de novo.